quarta-feira, outubro 13, 2010

Público aprova produção do SWU, mas aponta erros da organização.

Foram três dias, mais de 70 bandas, 700 artistas e um público total de 150 mil pessoas. No fim, o SWU foi um sucesso? Depende para quem se pergunta. Ao longo de todo o festival o G1 pediu a opinião dos frequentadores sobre diversos temas. A maioria elogiou a escolha das bandas e os shows, mas fez críticas à organização e à infraestrutura.

O festival teve momentos tensos como o tumulto no show do Rage Against the Machine, na primeira noite, e a desinformação sobre as rotas de saída ao final das apresentações. Pelo lado positivo, a polícia não registrou nenhuma ocorrência grave e a maior parte dos shows começou na hora marcada – com a exceção notável do Queens of the Stone Age, com quase uma hora de atraso.

“A produção musical foi muito boa, nível altíssimo. Mas a produção da estrutura do evento ficou devendo”, disse o publicitário Bruno Rufino, de 22, que viajou de Brasília até Itu.

Os dois problemas mais levantados foram o trânsito e as filas para banheiros e chuveiros, reconhecidos pela organização. “Realmente, tivemos dificuldades nessas áreas. O trânsito foi resolvido no dia. Os banheiros, infelizmente, não há o que fazer desta vez. Vamos corrigir na próxima”, disse Eduardo Fischer, responsável pela organização.

Abaixo, segue uma avaliação, ponto a ponto, da organização do festival:

Trânsito
Um dos pontos mais criticados pelo público. No final da primeira noite, houve desinformação sobre as áreas de saída de ônibus da organização para Itu e para São Paulo e muito trânsito. O publicitário Felipe Ferraguti contou que levou três horas para deixar a Fazenda Maeda no primeiro dia do festival.

O ponto mais crítico foi o bolsão de onde saíam os ônibus fretados e vans. Sem placas ou funcionários para organizar, o trânsito ficou travado e caótico.

Para a estudante Ângela Melo, de 25 anos, o trânsito foi o grande problema do festival. “Foi tudo muito legal, mas o trânsito no fim da noite irritou”, disse.

Fischer afirma que o problema na primeira noite levou a uma reunião de emergência na madrugada de sábado para domingo, que resultou na decisão da abertura da estrada secundária para saída dos ônibus, deixando a principal para os carros, na segunda noite. “É um processo. Houve um problema, consertamos”, disse Fischer.

Segurança
A Polícia Militar informou que houve poucas ocorrências durante o festival. Até às 21h da segunda-feira foram cerca de 70 detenções, segundo o capitão da PM Edson Simeira. A maioria por posse de entorpecentes, principalmente maconha. Houve uma apreensão de um soco inglês e uma detenção por “ato obsceno”, quando um dentista de São Paulo decidiu tirar a roupa e correr pelado pela arena.

“Não tivemos nenhuma ocorrência grave”, disse Simeira.

Ainda assim, houve reclamações. A estudante Elis Guanaes, de 18 anos, contou que teve sua carteira furtada, com R$ 150 e todos os seus documentos.

Entre as detenções não houve registro de brigas ou tumultos até às 21h de segunda. A confusão no show do Rage Against the Machine, no primeiro dia de festival, quando houve invasão da área premium pelo público da plateia comum, não foi considerada grave pela organização.

“A banda estava pedindo a invasão da área premium a semana inteira. Eram 50 mil pessoas contra 200 seguranças. E mesmo assim não houve invasão do palco, a banda esteve segura o tempo todo. A segurança fez um excelente trabalho”, disse Fischer.

O servidor público Edgard Aires, de 27 anos, concorda. “Isso é show de rock, faz parte. O pessoal invadiu para curtir o show, não para fazer confusão”, disse.

Horário dos shows
Com a exceção do Queens of the Stone Age, que teve quase uma hora de atraso na última noite do festival e acabou atrasando um pouco os shows seguintes, os demais começaram ou no horário ou com poucos minutos de atraso. “Se o show estava marcado para às 14h, começava às 14h. Isso foi excelente”, disse Leonardo Bresciani.

O show do músico cabo-verdiano Ilo Ferreira, que estava previsto para abrir o segundo dia de apresentações foi adiado por "problemas técnicos" para o terceiro. Para encaixá-lo a organização fez um acordo com as bandas da tarde do terceiro dia, que concordaram em fazer shows de cinco a dez minutos mais curtos.

Banheiros e chuveiros
Outro ponto bastante criticado. “Os banheiros estão nojentos”, disse a estudante Priscila Sonesso, de 18 anos. “Tem uma fila imensa e a hora que você finalmente consegue entrar dá vontade de não usar”, criticou.

No camping, a também estudante Tatiane DiGenaro reclamou das filas nos chuveiros. “Bebi uma garrafa de um litro de água só esperando para tomar banho. A fila era imensa”, contou. Segundo alguns relatos, as filas para o chuveiro chegaram a passar de uma hora.

Eduardo Fischer, responsável pela organização do festival, afirmou que “infelizmente ainda não inventaram nada melhor que banheiros químicos para um evento desse porte”. Quanto aos chuveiros, ele reconheceu que houve falta. “É um processo de aprendizado. Infelizmente não posso colocar dois mil chuveiros, mas numa próxima vez vamos ter mais”, disse.

Fischer também reconheceu outro problema ligado à higiene. “Ouvi que faltaram pias. De fato, não pensamos nisso. Precisávamos de pias”, disse.

Filas
Além das filas para os banheiros, as filas na hora de comprar comida também foram alvo de reclamações. “É difícil, é uma eternidade para comprar comida”, diz Leonardo Bresciani.

Para Fischer, no entanto, “filas fazem parte”. “Não estamos fazendo um evento, estamos fazendo um megaevento. Fila é parte do show”, afirmou.

O estudante Mário Palhares, de 28 anos, fez um protesto contra a organização do SWU no último dia do Fórum de Sustentabilidade. Entre suas críticas estava o que chamou de “enorme quantidade de lixo” produzida pelo festival. “O lixo está um absurdo. Eu sei que é o público que produz isso, que joga fora da lixeira, mas a organização incentiva. Por que só tem água de garrafa pet?”, questiona.

O diretor de produção Milkon Chriesler afirmou que todo o lixo do evento foi reciclado, mesmo o que foi jogado no chão. “Todas as madrugadas, depois que todo mundo foi embora, as equipes de limpeza recolheram tudo e levaram para a reciclagem”, disse.

Sobre a água, Eduardo Fischer rebateu as críticas. “Algumas pessoas não entendem o conceito de sustentabilidade direito. Sustentabilidade é continuar fazendo as mesmas coisas que você faz, mas de uma maneira menos impactante. Qual a tecnologia que tem para trazer água para tanta gente melhor que a garrafa pet? Tem pet, mas tem reciclagem”, defendeu. “Se a gente tivesse colocado bebedouros, teria gente reclamando de falta de higiene”, disse.

Sistemas de cartão de crédito
Também houve reclamações sobre o sistema de pagamento de comidas e bebidas por cartão de crédito. A supervisora dos caixas do festival, Aline Massa, disse que o problema foi causado por falta de sinal. "Às vezes o sinal falhava e o sistema ficava lento ou indisponível", afirmou. Segundo ela, no entanto, foi possível pagar com cartão durante 80% do festival.

Refil de bebidas

Mário Palhares também reclamou da falta de refil de bebidas. “Disseram que se a gente trouxesse a nossa própria caneca teria refil e desconto”, disse. A mesma reclamação foi feita pela secretária Karla Duchatscha, de 23 anos. “Refil, falaram que tinha, mas não teve, né?”, questionou.

Eduardo Fischer disse que houve confusão sobre o assunto. “Em nenhum momento foi dito que haveria refil de todas as bebidas, mas isso é algo que estamos considerando para uma próxima edição", disse ele após explicar que o refil era uma promoção de uma marca de cervejas.

Entrada com comida
A entrada com comida na área do festival não foi permitida, com a exceção de bolachas e barras de cereal. Segundo Fischer, a medida foi por segurança alimentar. “Não é questão de querer ganhar dinheiro. Nós somos responsáveis por quem passa mal aqui dentro, não podemos deixar entrar comida que não sabemos da onde veio”, disse.

O estudante Mário Palhares afirmou que apenas alimentos de uma das patrocinadoras do evento, puderam ser levados para dentro da arena. Fischer rebate. “Isso é teoria da conspiração. As revistas foram feitas pela PM. A PM está preocupada com armas e drogas. A PM não vai ficar olhando barrinha de cereal para ver de qual marca ela é”, afirmou.

Compensação ambiental

A universitária Joyce Paes de Lima, de 21 anos, afirmou que o evento não cumpriu a promessa de ser sustentável. “Falaram tanto de meio ambiente, mas isso aqui está fomentando o consumo de descartáveis. Não há preocupação real com o meio ambiente. O impacto ambiental foi enorme”, disse.

Milkon Chriesler diz que o impacto de todo o evento será compensado com o plantio posterior de árvores. “Assim que o festival acabar, nós vamos fazer as contas de tudo, desde o gasto com o combustível dos aviões que trouxeram as bandas, até o das cozinhas e vamos plantar o equivalente”, prometeu.

Ele também afirma que toda a geração de energia do festival, durante os três dias, foi feita com geradores próprios movidos a biodiesel. “É o mais limpo que se pode ser em um evento desse porte, afirmou.

Programação para Outubro do teatro Municipal de Piracicaba/SP

OUTUBRO 2010 – SALA 1

13 Quarta-feira 20h30 – Dança – “POETA DO SOM” Bailarinos do Studio 415 - 15º Semana Erotides
de Campos

14 Quinta-feira 20h30 – Música – “ALVORADA DE LÍRIOS” – Orquestra Sinfônica de Piracicaba

15 Sexta-feira 20h30 – Música– “VAMOS FALAR DE BRASIL” – Inezita Barroso e músicos

16 Sábado 21h – Teatro – “DE TUDO UM POUCO” – Com Rafael Cortez do CQC

17 Domingo 20h – Música – “A HISTÓRIA DO BRASIL ATRAVÉS DA MÚSICA” – Com Cantilena Ensemble

18;19;20 Teatro Infantil “CALOTA E GASOLINA EM TRÂNSITO” – GG Proarte

21 e 22 20h – Teatro e Dança – “A CASA MÁGICA DE COPPELIUS” – Alunos do Anglo Piracicaba

23 Sábado 21h – Música – “POR TRÁS DA CANÇÃO” – Pianista Regina Gomes e Convidados.

24 Domingo 20h – Dança – “ESPETÁCULO INTERNACIONAL TRÊS POR FLAMENCO” – Ballet Jussara Sansigolo; Café Tablao e Convidados Internacionais

25 Segunda-feira 20h30 – Música – “DATAS FESTIVAS 2010” – Orquestra Sinfônica Jovem e Coral
Misto da EMPEM, Coral Luiz de Queiroz da ESALQ, Grupo de Danças Folclóricas Piracicaba e Cia Sé de Teatro

26 terça-feira 14h – Teatro Infantil – “A MAIOR INVENÇÃO DO MUNDO” – Cia Foco

27 Quarta-feira 20h – Música Projeto Prata da Casa – “PRETÉ EM FESTA” – Preté e Convidados

28 Quinta-feira 20h30 – Teatro – “QUANDO AQUILO ACONTECEU!” – Com alunos do Liceu Terras do Engenho

29 Sexta-feira 21h – Música – “ORQUESTRA INSTRUMENTAL ANDRÉ MARQUES E A VINTENA BRASILEIRA” –


SALA 2

16;17;23;24 e 30 Sábado e Domingo 19h30 – Teatro – “O ANEL DE MAGALÃO” – Grupo Atuação Movimentação Cultural
21 e 22 quinta-feira e sexta-feira 8h30; 10h; 13h; 14h30; 16h – Teatro Infantil “CALOTA E GASOLINA EM TRÂNSITO” – GG Proarte
27 Quarta-feira 19h30 – Teatro – “CURRAL” – Circuito TUSP - Coletivo Teatro da terra
29 sexta-feira 20h – Música Projeto Prata da Casa – “CANTO ENCANTOS” – Grupo Porcelana Brasileira


Preços e horários fornecidos pelos produtores
dos espetáculos e sujeitos a alterações.

INFORMAÇÕES: 3433-4952

Ingressos antecipados são aqueles comprados até um dia antes do espetáculo.
Av. Independência, 277.

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